Sem final. Sem fim.
Acordo. Assustada.
Sem fôlego.Tentando
puxar o ar como se minha vida dependesse disso. Não há
mais tempo. Esse
lugar é estranho. Não o reconheço. Não me
reconheço. Luto para saber o que isso significa. Não há
respostas.Algo
está me sufocando. É
forte, mas não posso o ver. Debatendo
em cima daquele chão frio, luto. Apenas
luto. Não sei, na realidade, se há motivos para isso. Para a luta. Desgastada
e de alma suja, fujo. Corro. Para longe.Não
importa o destino. Apenas sair dali. Passos
cansados. Há muito o que andar e não há forças.Me
canso com senilidade. Isso está me cansando. Fugir. Sou uma
covarde? Correr assim? Digo, não há mais o que fazer, certo? Fugir deveria ser
uma solução. Não é?Covarde,
eu? Não havia mais como suportar tudo aquilo. Apenas me diga o que fazer e eu
farei. Essa fuga me cansa. Estou
sozinha. Não há nada nem ninguém a quem pedir ajuda. Afinal de contas, estamos
sozinhos, não? Pactos como "na alegria e na tristeza" não deviam ser
feitos. São fajutos. Sujos. No final de tudo, somos um "eu" lutando
pela própria sanidade, pela própria vida. Esta
fuga deletéria. Me corroí. Tem sido rotineira.Parar
para respirar é o mesmo que esperar pelo pior.
Ajuda. Preciso. (...)
Amanda Laryssa
10 comentários:
Gostei do texto, mas queria comentar especificamente que encontrei um pouco de mim na sua descrição.
Também sou escritora de gaveta e fotógrafa, só não mais de compacta - depois de muito custo!
Meu violão também só ganha arranhões e o chuveiro é, primariamente, onde solto a voz em paz.
Só não amo a correria do dia-a-dia e conto algumas primaveras a mais, mas não por isso sou menos interessada em bons escritos que vêm de longe. (:
Seguirei o blog com prazer!
Uma fuga. No fim, a gente sempre segue e foge só.
há sempre aquele conselho master: encare os seus problemas.
~~ Emilie Escreve ~
Transpirando inquietude.
O desejo e a despedida.
Faça de dois punhos.
Muito intenso.
E é verdade. Por mais que dividamos, SER, somos só "eu". É preciso aprender a conviver com isso, sem que isso signifique amargura.
Podemos devidir, compartilhar e ser feliz assim. Mas há muito, muitos momentos em que... somos só e nada mais do que nós mesmos...
bjos
Forca! nunca desista de se reerguer!
bjo
http://opinandoemtudo.blogspot.com.br/
Acho que, independente da situação, sou covarde demais para fugir. Apenas luto mesmo quando o obstáculo é o dobro do meu tamanho.
Gostei muito do texto!
Não duvide nem pergunte...
Estamos sós sim...
Nascemos sós, alguém nos espera
Morremos sós e não sei quem nos espera...
E a solidão é nossa companheira!
Maria luísa
Gosto muito de ficar sozinha também. Passa uma sensação boa de não precisar aguentar os outros ou ser obrigada a isso. E acho que o contato de nós com nós mesmos é bastante saudável...
Beijos.
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